Organização humanitária não governamental, federada com a Cruz Vermelha Internacional, o Crescente Vermelho foi utilizado nos países muçulmanos, tendo sido a sua utilização pedida pela Turquia. Oficialmente adotado em 1929, foi contudo utilizado pela primeira vez, pelos voluntários internacionais da Cruz Vermelha, no conflito armado entre a Turquia e a Rússia dos anos 1876 a 1878. Mais de três dezenas de nações muçulmanas adotaram este símbolo, que continua a ser em vermelho sobre fundo branco, substituindo apenas a cruz por um crescente lunar. Em 1983 já se tinha criado a Liga das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, surgindo em 1991 a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho, nome que subsistiu desde então. Os princípios fundamentais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho foram incorporados nos Estatutos destes organismos em 1986, tendo sido estabelecidos em Viena no ano de 1965. Estes princípios são a imparcialidade (ajuda a pessoas de qualquer religião, raça, orientação política ou condição social), a independência do movimento (autonomia para atuar de acordo com os princípios do movimento), o serviço voluntário (não remunerado), a unidade (existência de uma só entidade central do movimento em cada país, que é acessível a todas as pessoas), a humanidade (com o objetivo principal de prevenir e aliviar o sofrimento de todas as pessoas em qualquer circunstância), a universalidade (todas as sociedades têm os mesmos direitos e o dever de se ajudar mutuamente) e a neutralidade (não toma partido político, ideológico, racial e religioso). Em 1997 fez-se em Sevilha um acordo sobre a Organização das Atividades Internacionais dos Componentes do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Formatação: Helio Rubiales
Fonte: infopedia.pt
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